(“Aprendi beber cachaça Não sei se é luxo ou castigo Depois que tomei o gosto Quero deixar, não consigo
A calçada é minha cama O sereno é meu abrigo Mas se eu tenho opinião É dessa forma que eu vivo Eu acabo com a cachaça Ou ela acaba comigo!”)
A cana é um alimento Mais rico da agricultura Da cana se faz açúcar O melado e a rapadura
Da cana se faz a pinga Tanto mata como cura Mesmo assim eu gosto dela Não agüento a gostosura
Bebo pinga com limão De preferência bebo pura Eu já estou acostumado Eu topo qualquer mistura
Bebo de dia e de noite Noite clara e noite escura Só que eu fico muito alegre Não agüento a gostosura
O viciado na cachaça Tem que ter a cara dura Às vezes não tem dinheiro Ele deixa na pindura
Se amanhece de ressaca Com a pinga mesmo ele cura Por isso que eu bebo pinga Não agüento a gostosura
Quem não conhece a cachaça Não cometa esta loucura A cachaça é igual a água Tanto bate até que fura
Eu só deixo de beber Quando eu for pra sepultura Enquanto for vivo eu bebo Não agüento a gostosura
O homem que bebe pinga O povo todo censura A mulher do cachaceiro Leva a vida de amargura
O caboclo fica inchado Pensando que é gordura Se quiser inchá que inche Não agüento a gostosura
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) (SBACEM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2009 (21/Set) e lançado em 2009ECAD verificado obra #1919305 e fonograma #1594481 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM