O sertão e a cidade Em todos os pontos eu discuto Eu respondo e garanto Apesar de eu ser matuto A minha faixa de terra Eu não vendo e nem permuto As indústrias e as escolas É a grandeza da nação Mas aqui no meu sertão Nem apito eu não escuto
Sou roceiro sem estudo Trabalho sem estatuto A minha profissão é dura Meu oficio é meio bruto Mas cada ano que passa É um prêmio que eu disputo Debaixo do céu azul Pra vencer precisa calma Enfrento de corpo e alma Pra não apagar o charuto
Relógio que marca a hora Marca segundo e minuto Mas o que nasce na água Não pode viver no enxuto Pois hoje o Brasil se expande Mostrando ponte e viaduto A aliança e o progresso É o nosso berço querido Devemos viver unido Pra não ver o país em luto
Quando eu entro na jogada De qualquer maneira eu chuto A capital é o corpo Mas não é absoluto Tem os galhos no interior De onde vem os produtos Dentro da realidade Pode haver mesa vazia Se a rama secar um dia Só o tronco não dá fruto
Compositor: Jose David Vieira (J.david Vieira) (SADEMBRA)Publicado em 2005 (22/Ago)ECAD verificado obra #7099691 e fonograma #902774 em 02/Abr/2024 com dados da UBEM