Como em quase todas as cidades Há uma avenida onde passa o gado Em minha terra também existia Uma avenida sobre o meu passado
E foram tantas tardes de sol claro Tantas e tantas nuvens de poeira Que esta avenida hoje traz meu nome Depois de ser estrada boiadeira
Velha avenida onde deixei Rastro de infância que virou saudade E hoje existe em cada esquina Meu nome escrito para a eternidade
Foi a boiada longa do meu tempo A passo lento em silêncio andando Meu coração velho boiadeiro Sabe que chega, mas não sabe quando Talvez quando as paineiras tenham Aberto as suas flores perfumadas Igual a um dia a paineira velha Sua sombra serviu pra descansar boiada
Se a dor se escreve em lápide de pedra Hoje encontrei em placas reluzentes Meu nome escrito a brilhar porque Esta homenagem recebi contente Foram quarenta anos de trabalho Que felizmente estão reconhecidos Quando os meus versos para o céu voarem Em minha terra alguém os tenha lido
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) (UBC)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 2002 (01/Mar)ECAD verificado obra #33608 e fonograma #9288477 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM