Posso fingir
Posso fugir
Posso voltar atĂ© o inĂcio
Posso insistir ou desistir
Contando os passos pro precipĂcio
As vezes o que Ă© lindo aos olhos
Pode ser podre ao coração
Sentado no canto da sala
Bebendo em golas a solidĂŁo
Hoje eu passei por tanta gente
Mas, mesmo assim estou deserto
Vagando en torno de mim mesmo
Entre o irreal e o concreto
Eu vejo um vulto em outro quarto
Que poderia ser o meu
Preso em arames tĂŁo farpados
Que o prĂłprio tempo me envolveu.