Tá chovendo e não tem lenha Tão chorando e não tem lenço Mas pra tudo nós dá jeito Vou mostrar como é que eu penso
Faço a viola virar lenço E faço o pranto secar Meu pagode é uma lenha Nós ascende o fogo é já
Eu já subi de canoa Remando na cachoeira Lá no mar a meia-noite Acendi uma fogueira
Pai Tomé, meu protetor Aumentou a força minha Quem pra mim puxou espada Se matou com a bainha
Prepararam uma bomba Pra mandar eu pro espaço Colocou no meu caminho No lugar por onde eu passo
Coitado não teve sorte Ele que virou bagaço A bomba explodiu nas mãos De quem quis parar meus passos
Compraram espingarda nova Deram banho de guiné Mandaram benzer o cartucho Mas eu tenho o Pai Tomé
Me atiraram pelas costa Nem assim pode acertar Amanhã vai ser o enterro De quem não soube atirar
Quatro, cinco despeitados Fizeram mesa redonda Entraram num copo d'água Tão querendo fazer onda
Quem fez guerra contra mim Sua espada derreteu Virou defunto sem choro Quem dá Ibope sou eu
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro (Mangabinha) (SOCINPRO), Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro) (UBC), Lourival dos Santos (SOCINPRO)Editor: Latino Editora Musical Ltda. (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 1997 e lançado em 1995 (22/Mai)ECAD verificado obra #46247 e fonograma #3257276 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM