Naquele estradão deserto uma boiada decia Pras banda do Araguaia pra fazer a travessia O capataz era um velho de muita sabedoria As ordens eram severas e a peonada obedecia
O ponto era um moço novo muito desembaraçado Mas era a primeira viajem que fazia desses lados Não conhecia os tormentos do Araguaia afamado Não sabia que as piranhas era um perigo danado
Ao chegar na barranca disse o velho boiadeiro Derrubamos um boi n'água deu a ordem ao ponteiro Enquanto as piranhas comem temos que passar ligeiro Jogue logo este boi velho que vale pouco dinheiro
Era um boi de aspas grandes já roido pelos anos O coitado não sabia do seu destino tirano Sangrando por ferruadas no Araguaia foi entrando As piranhas vieram loucas eo boi foram devorando
Enquanto o pobre boi velho ia sendo devorado A boiada foi nadando e saiu do outro lado Naquelas verdes pastagens tudo estava sossegado Disse o velho ao ponteiro pode ficar descançado
Então o moço falou que tamanha crueldade Sacrificar um boi velho isto é uma barbaridade Respondeu o boiadeiro aprenda esta verdade Que Jesus também morreu pra salvar a humanidade
Compositor: Desconhecido no ECADIntérpretes: Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro) (SOCINPRO), Joaquim Antunes (Jackson Antunes) (AMAR)Publicado em 1999 (14/Jun) e lançado em 1999 (01/Jun)ECAD verificado fonograma #469093 em 28/Out/2024 com dados da UBEM