Eu já não sei onde guardar tanta saudade Dos velhos tempos que vivi no estradão Hoje meu peito é um jazigo de lembranças Onde sepultei os velhos sonhos de peão
E ao fechar os olhos vejo uma boiada ruminando A relva umedecida na capina Um berranteiro anunciando o fim de mais um dia A noite morna chegando na surdina
Eu sou o filho da saudade Eu sou a lembrança do estradão Eu sou a sobra de um tempo tão distante Nada mais que um simples resto de peão
Mas todo sonho do passado sempre volta Porque a saudade ressuscita novamente Em pensamento eu vejo tudo que fazia Naquele mundo tão gostoso e diferente
Hoje não vejo mais boiada, nem estrada e nem sertão E nem berrante despertando a peonada Eu que já fui de tudo isso um pouquinho, hoje sei O quanto é triste minha vida em outra estrada
Eu sou o filho da saudade Eu sou a lembrança do estradão Eu sou a sobra de um tempo tão distante Nada mais que um simples resto de peão Nada mais que um simples resto de peão
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Carlos Honorio de Melo (Carlos de Melo) (SICAM), Joao Batista Aparecido (Joao do Reino) (SICAM)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 1989ECAD verificado obra #185921 e fonograma #8757 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM