Da minha vida de peão Só recordação eu tenho guardada Da peonada gritando E um berrante tocando chamando a boiada
Das tardes quentes de agosto Suor no meu rosto coberto de pó De quebrada em quebrada Nas longas estradas só Deus tinha dó
No sertão de Mato Grosso Eu era bem moço mas tinha coragem Vivi no Pantanal Uma vida infernal laçando selvagem
Junto com meus companheiros Bravios pantaneiros tiramos de lá No perigoso transporte Brigando com a morte a cada lugar
De passo a passo a boiada Uma onça pintada às vezes seguia Querendo matar sua fome E o cheiro do homem a fera temia
O som do berrante manhoso Andar vagaroso da tropa cansada Foi uma brutalidade Mas tenho saudade da vida passada
Ao deixar o estradão Para o meu coração foi um forte veneno Minha rede macia Que nela eu dormia até no sereno
Caminhões boiadeiros Deixou os pioneiros com a vida arrasada Acabou o berrante O transporte elegante de uma boiada
Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro) (UBC), Manoel Nunes Pereira (Peao Carreiro) (UBC)Editor: Latino Editora Musical Ltda. (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2013 (24/Set) e lançado em 2013 (30/Jan)ECAD verificado obra #89158 e fonograma #3548517 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM