Abre a porta, meu bem, abre a porta Abre a porta eu estou chegando agora Vim amarrado pelo laço da saudade E apertando este meu burrão na espora
Saí de casa pra levar uma boiada Sou um peão, preciso sobreviver E viajando de quebrada em quebrada Apaixonado, muito tempo sem te ver
Parei o gado em um ponto de pousada A solidão fez minha voz emudecer Deitei na rede admirando a luz da Lua Perdi o sono com saudade de você
Abre a porta, meu bem, abre a porta
Os passarinhos me fizeram serenata E as estrelas vigiaram a boiada O urutau que gritava bem distante Representava um peão na arribada
Os curiangos cantaram a noite inteira Me convidando pra pôr o gado na estrada E o sereno que molhava o meu rosto Era o céu chorando de madrugada
Abre a porta, meu bem, abre a porta
Eu encontrei muitas flores no caminho Nem a boiada, nem a tropa não pisou Aquelas rosas perfumadas que eu via Era o desejo de te amar, meu grande amor
Estou de volta, mandei a saudade embora Um boiadeiro sempre é um bom laçador Trouxe pra mim um punhado de cansaço E pra você um lindo buquê de flor
Abre a porta, meu bem, abre a porta
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Joao de Deus Domingues de Almeida (Joao de Deus) (SICAM), Moacyr dos Santos (SICAM)Editores: Fortuna (UBC), Peermusic do Brasil (UBC)ECAD verificado obra #4924 e fonograma #252901 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM