Olha nego Desculpe mas me cansa repetir a mesma coisa Todo dia insistindo em fazer saltar aos olhos O que os olhos não conseguem enxergar Olha nego Desculpe mas me cansa repetir o mesmo assunto Ou pior, perdê-la em meio ao turbilhão de frases feitas E a mim falta saúde pra agüentar
Olha nego em mim não sobrou ilusão Mas de sã consciência Lhe afirmo meu nego Farei o possível se for pra ajudar Mas se não Não quero esse papo doente E sem conseqüência palpável meu nego Não conte comigo pra filosofar
Eu quero é na sombra da velha mangueira Amar a morena e sentar num papo sem pressa mexendo o canudo Num copo de maracujá Você apareça que a gente aprecia Por Deus nem precisa avisar Mas usa essa mente sem acrobacia nego Clareza é preciso tentar
Olha nego No fundo eu compreendo a tua culpa E a tua culpa eu também sinto Mas não acho justo a gente se iludir Que adianta a luta na mesa de um bar Olha nego Enquanto não for pra valer Apareçe lá em casa sem medo ou remorso Pra com alegria ajudar quem não tem
Compositor: Oswaldo MontenegroPublicado em 1996 e lançado em 1996 (16/Ago)ECAD verificado fonograma #2551537 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM