É calor de mês de agosto, é meados de estação Vejo sobras de queimada e fumaça no espigão Lavrador tombando terra, dá de longe a impressão De los ângulos cor de sangue desenhados pelo chão
Terra tombada é promessa, de um futuro que se espelha No quarto verde dos campos, a grande cama vermelha Onde o parto das semente faz brotar de suas covas O fruto da natureza cheirando a criança nova
Terra tombada, solo sagrado chão quente Esperando que a semente, venha lhe cobrir de flor Também minha alma, ansiosa espera confiante Que em meu peito você plante, a semente do amor
Terra tombada é criança, deitada num berço verde Com a boca aberta pedindo para o céu matar-lhe a sede Lá na fonte ao pé da serra, é o seio do sertão A água, leite da terra alimenta a plantação O vermelho se faz verde, vem o botão vem a flor Depois da flor a semente, o pão do trabalhador Debaixo das folhas mortas, a terra dorme segura Pois nos trará para o ano um novo parto de fartura
Compositores: Joao Doracio (Carlos Cesar) (SICAM), Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 2004 (15/Abr) e lançado em 2002 (01/Out)ECAD verificado obra #7206 e fonograma #11468174 em 28/Out/2024 com dados da UBEM