É pra mãe terra que eu vou pedir perdão E vou perguntar ao chão se de volta ainda me quer Tenho certeza que na ânsia de voltar Ela vai me perdoar porque é mãe e é mulher
Perdão ao sol que aqueceu o meu caminho E às águas do riozinho que matou a minha sede Perdão à lua que o sertão todo ilumina Qual distante lamparina pendurada na parede
Se por acaso ela não me perdoar Não me incomodo de ser preso porque agora Já estou preso na cadeia da saudade Desde o momento que de lá eu vim embora
No tribunal da natureza quero ter a prisão Que eu merecer por ter deixado o sertão Me condenando ouço a brisa que me diz Se aqui eras feliz por que foi deixar teu chão?
Se foi em busca de outros beijos se esqueceu Que o calor dos beijos meus quantas tardes lhe entreguei Diz a roseira. : o perfume da cidade não se iguala Á qualidade do perfume que lhe dei?
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) (UBC)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 1992 (22/Mai) e lançado em 1992 (01/Jun)ECAD verificado obra #943 e fonograma #249858 em 28/Out/2024 com dados da UBEM