Sanguessugas cercam

A consciência lateja

Elas não conseguem dormir à noite

Apertam seus travesseiros com força

Presas no rio

Das lágrimas que chorei

Colheita abundante

Elas se reúnem no meu jardim

Forçam a entrada

Eu corro e me escondo

Elas levantam todas as cobertas, me puxam

Para sua vista

Viscosas e superficiais

Forçando o que é artificial

Tagarelando para parecer oficial

Tornando tudo benéfico para sua causa

Quanto sangue você pode tirar com suas garras

De uma carne que não é sua?

Minhas mãos não são suas e

Rói meus ossos, não sobrou tutano

Para te manter fascinado

Acho que é questão de sorte, oh-oh-oh

Deixam todos os amigos entrarem

O inimigo está presente

Eles não pensam muito

No seu coração frágil

Comem da mesa que você preparou

Então você passa fome

Pare de respirar

Não, não os deixe te ver

Eles encontrarão qualquer maneira

Apenas para te fazer ficar

Bem onde eles querem

Nos seus jogos cobertos de urina

Viscosas e superficiais

Forçando o que é artificial

Tagarelando para parecer oficial

Tornando tudo benéfico para sua causa

Quanto sangue você pode tirar com suas garras

De uma carne que não é sua?

Minhas mãos não são suas e

Rói meus ossos, não sobrou tutano

Para te manter fascinado

Acho que é questão de sorte, oh-oh-oh