Dentro do carro, sobre o trevo a cem por hora, oh! meu amor Só tens agora os carinhos do motor E no escritório em que eu trabalho e fico rico Quanto mais eu multiplico diminui o meu amor Em cada luz de mercúrio vejo a luz do teu olhar Passas praças, viadutos, nem te lembras de voltar De voltar, de voltar No Corcovado quem abre os braços sou eu Copacabana esta semana o mar sou eu Como é perversa a juventude do meu coração Que só entende o que é cruel e o que é paixão E as paralelas dos pneus n'água das ruas São duas estradas nuas em que foges do que é teu No apartamento, oitavo andar, abro a vidraça e Grito quando o carro passa: teu infinito sou eu Sou eu, sou eu, sou eu
No Corcovado quem abre os braços sou eu Copacabana esta semana o mar sou eu E as borboletas do que fui pousam demais por entre as flores do asfalto em que tu vais.
Compositor: Antonio Carlos Belchior (Belchior) (UBC)Editor: Fortaleza (AMAR)Publicado em 1991 (21/Out) e lançado em 1992ECAD verificado obra #5984 e fonograma #458300 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM