Oh! minuano do sudoeste Ventinho frio do anoitecer Na primavera de minha vida Sinto o inverno se aproximar
Enfrento a chuva miúda e fina Que a lei do carma me faz viver Os grandes erros de outras vidas Aqui na Terra eu vim pagar
Venho de longe, de muito longe De algum pontinho da eternidade Um prisioneiro dos próprios atos Pagando agora suas ações
Tal qual a todos, nasci chorando Sem ter a chance de liberdade Pois vim cumprir a minha sentença Neste planeta de provações
Humanidade que pouco a pouco No próprio erro quer se afundar É impossível qualificar Tanta maldade que todos tem
Porém conforme disse um poeta Não tenho chance de condenar Não me assiste esse direito Pois sou um pobre humano também
Não tenho nada de puritano Pelo contrário, errei demais A alma vulgar de pouca cultura Que vem dos tempos dos filisteus
Mas não lamento as amarguras Pois afinal em linhas gerais A dor ensina a alma impura Como chegar mais perto de Deus
Compositores: Gerson Coutinho da Silva (Goia) (UBC), Jose Marciano (Marciano) (SOCINPRO)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)ECAD verificado obra #238220 em 02/Abr/2024 com dados da UBEM