A estância antiga se foi, na lembrança do passado Se foi o arreio sovado e as potreirasno garrão O verdadeiro peão, do mate e das esquilas Hoje reside nas vilas changueando pelo seu pão.
Foi-se o tempo das carneadas, em que tudo era fartura Do mate com água pura, da vertente junto as casas Do chibo assado nas brasas nas comparsas de janeiro Quando o mestre do terreiro abre o peito e bate asas.
Aestância antiga se tornou distância Brotando ânsias num peito campeiro Se foi o campo veio a cidade Matando aos poucos o pao fronteiro Se foi o taura dos garrão de potro e o gado pampa pelas invernadas. Ficou estradas para ir embora e campo a fora não restou mais nada.
Assim foi morrendo imagens, de taperas e galpões Do patrão com seus peões e o gado pampa no pasto Homens já nãp sovam os bastos, nas lidas campo fora Nem se vê rastros de esporas, marcando caminhos gastos.
Compositor: Leonardo Quadros de Medeiros (Leonardo Quadros) (ABRAMUS)Publicado em 2018 (21/Dez) e lançado em 2009 (01/Jul)ECAD verificado obra #3234909 e fonograma #18244986 em 17/Jun/2024 com dados da UBEM