Vivemos de olhares Em todos os lugares E a gentileza em nós nos faz Heróis covardes
Dois bichos desejando Em jaulas diferentes Num cio infindo atrás de grades
E a possibilidade de gozo e de saudade Floresce sem dar fruto
E o luto sem saída Da hora não vivida É bem pior pro coração que a despedida
Entre a neblina ouvimos o som dos nossos sinos E ansiamos nos tocar
Os olhos criam luzes Cada encontro os teus olhos barcos pedem aos meus Um cais
Nas noites estreladas com velas desfraldadas Vejo você se aproximar E os olhos brilham
Ascendo a minha quilha Enfeito toda ilha Pra esse encontro imorredouro
E no ancoradouro As flâmulas que a aceno Se cobrem de sereno
São lágrimas choradas Em cada madrugada Quem viu o amor renunciar ao desvario?
Mas no fim da viagem Na hora da abordagem Sinto você se desviar
Netuno sopra as luzes Fim do encontro Os teus olhos barcos gritam adeus no mar dos meus.
Compositores: Aldir Blanc Mendes (Aldir Blanc) (ABRAMUS), Carlos Althier de Souza Lemos Escobar (Guinga) (SOCINPRO)Editor: Sony Music (UBC)Publicado em 1997 (04/Jul) e lançado em 1996 (01/Jul)ECAD verificado obra #42326 e fonograma #1527883 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM