Levantam cedo, madrugada todo o dia Sobem na carroceria do caminhão que lhe esperam Amontoados feito gados, lá vão eles Cumprir o destinos deles de pesadelos e guimera
Homens, mulheres, crianças de todas as idades Todos com a mesma ansiedade de cumprir sua jornada Vão prosseguindo sempre nessa corda bamba Sabendo que a morte ronda em cada curva de estrada
Dia e noite, noite e dia É João e é Maria Dia e noite, noite e dia São pingentes, bóias frias
Qualquer perigo é pouco, quando a fome aguça Mesmo na roleta russa da carroceria cheia Vão pro trabalho, mesmo não tendo salário Tudo bem são operários, feito abelhas na colméia
Homens de aço, com a força da humildade Vivem a dura verdade, deixam seus sonhos de lado Olhar cinzento, rosto amargo, cicatrizes Mas ainda são felizes sob um toldo de encerado
Dia e noite, noite e dia É João e é Maria Dia e noite, noite e dia São pingentes, bóias frias
Compositor: Jose Egenaldo Marcelino da Silva (Genaro) (UBC)Editor: Euterpe (UBC)Publicado em 2006 (26/Set) e lançado em 2006 (01/Fev)ECAD verificado obra #2628753 e fonograma #1130248 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM