Trabalhei um mês com um caminhão E o meu patrão era um tal Mané Me pagou a conta e me mandou passear Depois de xingar a classe dos chofer
E o homem tinha toda a sua razão Com o seu caminhão lá no Canindé Um poste e uma casa eu desmantelei Quando manobrei o carro em marcha ré
Como em nossa vida logo tudo passa Eu entrei na praça em carro de aluguel Trabalhando à noite como empregado Num ponto afamado na Praça da Sé
Eu tinha mania da velocidade Dentro da cidade eu metia o pé O meu apelido era “pé na tábua” Eu dizia: n’água salve quem puder
Cabelo penteado, meu boné de lado Sempre assanhado perto de mulher Eu pagava multa quase todo mês E algumas vezes quatro, cinco até
Sempre mariscando eu formava pega Deixando o colega sempre de má fé Dei uma trombada perdi o pára-lama E fiquei de cama com gesso no pé
Com a minha mania de cabra largado Fui prejudicado, veja como é Um dia o guarda me tirou a carteira Para o bem da ordeira classe de chofer
Até que foi bom acontecer assim Agora pra mim está de mulher Com minha viola trabalho cantando Feliz vou remando em boa maré
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Ado Benatti (UBC), Jose Angelo de Campos (Bigua) (SADEMBRA), Luiz Raymundo (Luizinho) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)ECAD verificado obra #32211 e fonograma #261097 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM