Vocês pararam para ouvir atentamente O cantar triste e dolente de um galo no sertão Dentro da noite ele nunca se atrasa No poleiro bate as asas pra quebrar a solidão Às onze horas, duas horas, quatro horas Ele nunca se demora pra avisar que horas são Peito de aço, galo índio seresteiro O seu canto é o primeiro madrigal de uma canção
Na catedral de a cores verdejantes Quando a neblina agasalha todo o chão O sertanejo ouve longe na colina Cantar o galo, o "relógio do sertão"
O mostrador são as estrelas pontilhando Como números brilhando no infinito céu azul E os ponteiros, sobre o sertão clareando São cinco estrelas formando nosso cruzeiro do sul Galo cantor, despertador da natureza Colocado sobre a mesa, junto ao leito da alvorada Galo boêmio, sempre firme, sempre alerta Sentinela que desperta o romper da madrugada
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC), Jose Luiz Lindo de Castilho (Jotha Luiz) (SICAM)Editores: Fortuna (UBC), Warner (UBC)Publicado em 1989 (09/Jun) e lançado em 1989 (01/Jul)ECAD verificado obra #714583 e fonograma #610650 em 28/Out/2024 com dados da UBEM