Amontei num burro xucro Mode uma aposta ganhá Que é que eu tinha co'esse burro Que é que eu tinha de amontá
Oito parmo de artura Da garupa inté no chão Nunca vi burro mais xucro Preto assim que nem tição
Prigunte pra quem quisé Eu amontava muito bem Se argum dia eu fui pro chão O animale foi também
Eu passava por Barretos Vieram me desafiá Que é que eu tinha co'esse burro Que é que eu tinha de amontá
O dono do burro xucro Na fazenda me ispricô Quinze pião bicharedo Esse burro adirribô
Vale quinhentos milréis Se tu amunta d'uma vez Inda pago o teu enterro Como já paguei pra trêis
A fia do fazendeiro Também tava no currá Com aqueles zóio brejeiro Garrou a me desafiá
Respondi para o pai dela Teu burro vou amansá Que é que eu tinha co'esse burro Que é que eu tinha de amontá
Apertei a barrigueira E amontei com decisão Esse burro fez de tudo Para me jogá no chão
Empinou que nem cabrito Pulou feito assombração Mas depois de meia hora Já num era xucro não
Recebi a minha aposta Ali memo no currá Ali memo combinemo O dia de nóis casá
Em sinár de gratidão Veio o burro no enxová Que é que eu tinha co'esse burro Que é que eu tinha de amontá
Compositor: Francisco de Assis Bezerra de Menezes (Bezerra de Menezes) (SADEMBRA)Editor: Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2006 (26/Jun) e lançado em 1997 (01/Nov)ECAD verificado obra #42747 e fonograma #1107933 em 08/Abr/2024 com dados da UBEM