No porto da cidade, as redes vão pro mar. O mar pára na areia e eu espero por você.
“Carena, baitera,” caco de cargueiro, desdobrando o mundo por esse canal, Protegendo os sonhos que trafegam as saudades, nas muralhas, os canhões da marinha naval.
Palácio, palacete, pala-fita e meia — cabotagem avessa, territorial. Marola amarela, tez pálida e feia: retratos do meu mundo nem bem, nem mal.
Passa praça, passa gente. Passageiro. Escuro, toda noite. E, claro, amanhecer. Amamos e odiamos, todos, dia inteiro:
quem veio, quem partiu e quem ficou pra ver.
Compositor: Flavio Vezzoni (Moxuara) (UBC)Publicado em 2022 (22/Mar) e lançado em 2003 (01/Set)ECAD verificado obra #33716469 e fonograma #32417392 em 17/Jun/2024 com dados da UBEM