O sonho nasce em minha alma Vai tomando o peito e ganhando jeito Se eternizando, traduzido em forma O mais imperfeito, perfeição se torna Lá no meu quintal, eu vou fazer um bangalô Já foi tapera feita em palha e sapê E uma capela que a candeia alumiou A lua cheia…
Vem, é lindo o anoitecer Vai, eu morro de saudade Todo mundo um dia sonha ter Seu cantinho na cidade
Como é linda a vista lá do meu Borel Luzes na colina, meu arranha-céu Linhas do arquiteto, a vida é construção Curva-se o concreto, brilha a inspiração
Lágrima desce o morro Serra que corta a mata Mata, a pureza no olhar O Rio pede socorro É terra que o homem maltrata E meu clamor, abraço o Redentor Pra construir um amanhã melhor O povo é o alicerce da esperança O verde beija o mar, a brisa vai soprar O medo de amar a vida Paz e alegria vão renascer Tijuca, faz esse meu sonho acontecer
A minha felicidade mora nesse lugar Eu sou favela! O samba no compasso é mutirão de amor Dignidade não é luxo, nem favor
Compositores: Dudu Nobre, Totonho, André Diniz, Fadico e Jorge Aragão