Eli Silva e Zé Goiano

Adeus Mocidade

Eli Silva e Zé Goiano


O sol nasce de frente pro rancho
A florada do ipê no terreiro
Solta flores douradas no ar
Canta triste o jaó tão matreiro

O meu peito velho chorador
Tem saudade dos tempos primeiros
Quando eu vivia carreando
Era estradeiro de muitas pousadas
Vida apaixonada vem dos boiadeiros

Como o rio que percorre a invernada
Suas águas regando a saudade
Foi assim que correu meu galope
Arribada deixei a vaidade

Os amores de um boiadeiro
Não amarra um peão de verdade
Amei todas como um beija-flor
Em toda cidade tive uma paixão
Parti coração, adeus mocidade

A famosa espora de prata
O meu laço de couro trançado
Se perderam com a minha tropa
Esquecida em currais do passado

Na estrada deixei meus repentes
Os amigos ficaram de lado
Eu voei como faz a perdiz
Em campo cerrado, asas tão ligeiras
Mas nas ribanceiras tem chão calejado

Se essa minha viola falasse
Nessas cordas tão bem afinadas
Certamente iria dizer
Boiadeiro morre com a boiada

O que resta é uma grande saudade
De velhice ficou disfarçada
É a balança do tempo cruel
De vida pesada não erra seu peso
Pois agora mesmo eu pego outra estrada

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Erlon Valentim Vieira (Rio Acima) (SICAM), Milton Aparecido Marquett (Ze Goiano) (SOCINPRO)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 2010 (14/Abr) e lançado em 2007 (30/Jan)ECAD verificado obra #660504 e fonograma #1761208 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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