Eu tava à toa no rancho, chegou a saudade me tirando o sossego Se adonou do meu banco, tomando meu mate e mexendo nas brasas
Se estranhou com meu cusco e tirou de casa, se fartou do meu charque Contando uns causo sem fim, e cousa e lousa e assim foi tomando meu tempo
(Ah, morena, eu tenho andado à toa Gostar de ti dói de um tanto, mas nem que doa)
Eu tava à toa no rancho, chegou a tristeza jogando água nas brasas Foi fechando a janela e passando a tramela, dizendo que era tarde Me tomou a viola e me deixou de varde, cara a cara com o tempo Só de maldade a maleva fez mais amarga minha erva e mais escura minha noite
Eu tava à toa no rancho, chegou a morena, com os olhos cheio d'agua Foi primavera no inverno, a flor pedindo aconchego, dizendo que ficava Mas só me engano uma vez, que eu já conheço este causo, e aqui se faz, e se paga Melhor só mate e lembrança que gastar a esperança com quem nasceu pra estrada
Compositor: Desconhecido no ECADIntérprete: Eder Rosa Goulart (Eder Goulart) (SOCINPRO)Publicado em 2001 (25/Mai) e lançado em 2001 (01/Jun)ECAD verificado fonograma #1296699 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM