A nossa caixa de lembranças está cheia E só, o meu coração está vazio Com toda essa incoerência da ilusão Me sentindo atordoado com o calor do vosso frio
(Com o palor de tanto brio...)
Tudo é belo feito o roto Tudo é mole feito o chão É nesta quase branda alegria de viver quando sentimos a falta, o tempo frio, a reclusão
(desta tormenta em paixão)
Eu não quero remoer Eu não vim para me queixar Suspiro as boas, serenas atitudes Que nascem simples, tão singelas, de algum amor. Quem o será?
Agora vós aparecestes no caminho E quase tropecei na confusão Vosso corpo em brasas, combustível fraternal O fogo tosco, vasto, raso do instinto animal
(nosso desejo visceral)
O que o calor pode nos dar O que o olhar criou no ar Da inconsequência do momento libidez É que colhemos o fruto do futuro desse par
(e o futuro desse par / é o que o presente vai nos dar)
(e o futuro desse par) Que seja uma casinha numa prainha deserta E outro filhinho para criar...
Compositor: Paulo Rogerio Oliveira Silva (Dom de Oliveira) (UBC)ECAD verificado obra #7729574 em 13/Jun/2024 com dados da UBEM