E então veio 1985 e o sonho por liberdade voltou. E por todas as ruas o povo gritava louco por Diretas já. Já era hora se fez o tempo, aqueles tempos foram escuros demais. Toda a esperança vinha das ruas e não havia como perder. Mas desta vez fomos logrados por um colégio eleitoral, transição segura fria e lenta para os que estavam no poder. E nosso sonho por saúde e educação se foi largado pra depois. E os militares que esperávamos que um dia iriam pagar continuam no poder. Então veio 88, foi determinado agora sim poderíamos votar/escolher. Mas um ano depois percebemos o quão estávamos enfraquecidos. Corações e mentes agora guiados (ordenados) por uma tela de TV. Nossa vontade já não existia pois agíamos como zumbis. Pagamos caro pela ilusão, o moderninho nos enganou. E enquanto retia nossa poupança roubava mais que os ladrões. E nosso sonho por um dia sermos iguais se foi, foi deixado pra depois. E os corruptos que esperávamos que um dia iriam pagar acabavam de se eleger. Quando vieram os anos 90 e o caos e o cinza tomou conta de tudo. Salvadores de pátria agora não iriam mais ajudar. Não há mais culpados nem inocentes, agora todos irão pagar. Mas na guerra sublimada aleijados e analfabetos ainda tentam modificar.
Compositores: Alyand Mielle Barbosa (Alyand) (ABRAMUS), Giuliano de Landa Farias (Giuliano) (ABRAMUS), Leandro Pretti Mozachi (No) (AMAR), Murilo Queiroz de Almeida (Murilo) (ABRAMUS), Rodrigo Alves Lima (Rodrigo) (UBC)Editor: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2017 (03/Mai) e lançado em 2016 (26/Ago)ECAD verificado obra #1415352 e fonograma #13810103 em 22/Abr/2024