Eu sou preta Trago a luz que vem da noite Todos os meus santos também podem lhe ajudar Basta olhar pra mim pra ver porque é que a lua brilha Basta olhar pra mim pra ver que eu sou preta da Bahia
Eu tenho a vida no peito das flores vivas No meu sangue o dendê se misturou Tenho o fogo do suor dos andantes E a paciência do melhor caçador
Eu sou preta Vou de encontro à alegria Minha fantasia é mostrar o que eu sou Vim de Pirajá tocando pra Oxalá Pra mostrar a cor do Alá de Salvador
Eu sou preta Mãe da noite, irmã do dia Sou do cortejo afro encantador Filho de Ilê Ayê Grande Mestre Pastinha, meu amor Vou misturar o que Deus não misturou
Um abraço negro Um sorriso negro Traz felicidade Negro sem emprego Fica sem sossego Negro é a raiz da liberdade
Um abraço, um abraço, um abraço negro Um sorriso negro Traz felicidade Negro sem emprego Fica sem sossego Negro é a raiz da liberdade
Negro é uma cor de respeito Negro é uma inspiração Negro é silêncio, é luto Negro é a solidão Negro, que já foi escravo Negro é a voz da verdade Negro é destino, é amor Negro também é saudade
Um abraço, um abraço, um abraço negro Um sorriso, um sorriso negro Traz felicidade Negro sem emprego (fica, fica, fica, fica) Fica sem sossego Negro é a raiz da liberdade
Um abraço, um abraço, um abraço negro Um sorriso negro Traz felicidade Negro sem emprego Fica sem sossego Negro é a raiz da liberdade Negro é a raiz da liberdade Negro é a raiz da liberdade
Tudo começou com a tal de escravidão Aonde todo sacrifício era nas costas do negão Tá tudo mudado, todo preto tá ligado Vem vindo um futuro melhor, considerado Respeito, amor, dignidade, atitude Trabalho, dinheiro, cidadania, saúde Para o nosso país, eu digo ação Para nosso povo, paz e união!
Compositor: Fernando Manoel Correia (Nando Cordel) (ABRAMUS)Editor: Aconchego (ABRAMUS)Publicado em 2011 (23/Abr) e lançado em 2011 (02/Jun)ECAD verificado obra #84737 e fonograma #2069108 em 14/Abr/2024