(Introdução) Este ritmo binário Que é o alicerce principal de quase todos ritmos Da canção popular do Brasil Veio importado de longe Das placas ardentes da África Onde o sol queimou a pele dos homens Até carboniza-la em negro, negro, negro O compasso tão simples que reproduz em tom grave As batidas do próprio coração Atravessou o Atlântico sob a bandeira dos navios negreiros Servindo para marcar o andamento de melopéias Que vinham dos porões em vozes gemidas e magoadas
Ah! Somos argila do divino mangue Suor e sangue Carne e agonia Sangue quente, noite fria A matéria é escrava do ser livre A questão não é se estamos vivos (negro) É quem vive Capitães de Areia não sentem medo de nada E essa altura do enredo A Asa Branca dança no lago do Cisne Negro Pretos de terno sem ser no emprego Meus pretos de terno em festas que não sejam enterro Meu fim é doloso Jovem preso em espírito idoso Medroso, me jogo no mar Aquário de Iemanjá O sol nasce no Rio Vermelho Me olho no espelho embriagado De volta ao centro A poesia habita o trago Observo o estrago do silêncio A boemia em seu maldito vício Parei no precipício do último maço Último abraço Minha imaginação, meu asilo Sabendo que melhor que sentir o beijo É a sensação antes de senti-lo
Senti Exu, virei Exu Esse é o universo no seu último cochilo
Exu afirma seu ponto aqui nesse terreiro Exu do Blues Salve Exu do Blues Salve Exu afirma seu ponto aqui nesse terreiro Nova geração Atenção Nova geração Atenção Da Bahia de São Salvador, Brasil Brasil, Brasil Da Bahia de São Salvador, Brasil Salvador, terra sagrada
Exú é o dono da rua Foi ele quem veio de lá Seu reinado é do povo da lira Mensageiro, ele vai te ajudar Negro
Compositor: Desconhecido no ECADIntérprete: Diogo Alvaro Ferreira Moncorvo (Baco Exu do Blues) (UBC)Publicado em 2019 (26/Dez) e lançado em 2017 (04/Set)ECAD verificado fonograma #19866200 em 31/Mar/2024 com dados da UBEM