Não sei, não sabe ninguém Porque canto fado, neste tom magoado De dor e de pranto… Neste tormento, todo sofrimento Eu sinto que a alma cá dentro se acalma Nos versos que canto Foi Deus, que deu luz aos olhos Perfumou as rosas, deu ouro ao sol e prata ao luar Foi Deus que me pôs no peito Um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar
Pôs as estrelas no céu Fez o espaço sem fim Deu o luto as andorinhas Ai…e deu-me esta voz a mim
Se eu canto, não sei porque canto Misto de ventura, saudade, ternura ou talvez amor Mas sei que cantando Sinto o mesmo quando, se tem um desgosto E o pranto no rosto nos deixa melhor Foi Deus, que deu voz ao vento Luz ao firmamento E deu o azul às ondas do mar Foi Deus, que me pôs no peito Um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar
Fez o poeta o rouxinol Pôs no campo o alecrim Deu flores à primavera Ai…e deu-me esta voz a mim
Compositor: Alberto Fialho Janes (SPA)Publicado em 2017 (18/Ago) e lançado em 2017 (03/Abr)ECAD verificado obra #1062267 e fonograma #13915025 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM