Calma
Ritmo
Ritmo
Ritmo
Ritmo
Ritmo
Ritmo
O sol aparece mas nem sempre
Esse é o perigo
De volta pro mesmo espaço que me aprisionou em pensamentos trágicos
Mais um início
Abrindo mão de coisas e pessoas pra fazer isso virar
E nada fluindo
Me esforço, arrumo o quarto, evangelho aos domingos
Meses sem lançar um som
Com letras na gaveta acumulando
Julgamentos na cabeça ecoando
Realidade me traumatizando
Minha tapioca não tem mais o mesmo gosto
Encontro a felicidade dormindo
Minha terapeuta me dá soluções
Amasso tudo e jogo no lixo
O amor sempre bate na porta
Tapo os ouvidos
Porque feridas abrem e
Ninguém entende meus motivos
Cansada de fechar ciclos repetitivos
Cansada de ficar cansada
Não me olho no espelho
Se encarar é dolorido
Dolorido
Dolorido
Hoje mais positiva, me matar não é a saída
Espírito suicida se salvando na escrita
Me eliminar parece a solução
Quando me sinto só mais um peso na sua vida
Seus olhos sempre enxergaram fundo
Mas eu quero o mundo
E você tambem
Me pergunto há quantas vidas nesse looping
Não te encontrei, reencontrei
Minha arte tão contaminada
Hoje não querem o pão, somente a faca
Arrancando da pele tatuagens que hoje são farsas
Sua mãe me liga perguntando de você
Comigo ele não tá
Mais uma que por você passa
Cê interpreta bem jurando que só quer a mim
O tempo mostra, e eu nunca menti
Seguro a boca do leão, na minha exatidão
Batidas batem (boom clack boom)
Sempre fui melhor na solidão
Não me peça calma, me peça ritmo
Componho mais e mais pras minhas gatas dançarem comigo
Esquecerem do relacionamento antigo
Fecho feridas no desabafo
É meu compromisso
Compromisso
Não me peça calma
Me peça ritmo
Calma
Ritmo
Ritmo
Calma
Ritmo
Ritmo
Calma
Ritmo
Ritmo
Calma
Ritmo
Ritmo