Naquela tapera veia que o tempo já distroçou morou Zé Dunga um pretinho valente, trabaiador foi o maior violeiro que Deus no mundo botou Sua viola parecia um passarinho cantador
Trabaiava o dia inteiro feliz sem se lastimar mas quando a lua formosa no céu pegava a briá toda gente arrudiava pra ver o preto cantar Sua viola de pinho fazia as pedra chorar
Acontece que a Carolina cabocla esprito de cão bonita como a sereia mas que muié tentação pra judiá do pretinho fingiu lhe ter afeição Querendo que nem criança brincar com seu coração
Coração de violeiro não é como outro qualquer é frágil que nem as pétlas de um mimoso mal-me-quer que cai com o vento das asas do beija-flor do Tié perde a vida quando abeia vem pra lhe roubar o mel
Por isso o pobre Zé Dunga magoado pela traição Não podendo mais guentar no peito a grande paixão agarrado na viola e debruçado no chão foi encontrado com um punhal cravado no coração
Compositores: Delamare de Abreu (Ranchinho Ii) (UBC), Murilo Alvarenga (Alvarenga) (UBC)ECAD verificado obra #2150041 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM