Sou caboclo viajado Desde o dia que nasci Já tive no Ceará E também no Piauí Mas caboclo iguár a eu Falo franco, eu nunca vi
Agora vou lhes contar Um fato que assucedeu Você preste bem sentido Que é pra sabê quem sou eu
De uma vez eu tive um fecha Que me fez eu suá fria Foi com um cabra butinero Lá no sertão da Bahia Pra eu fazer ele correr Foi perciso quinze dia
Daí ele convenceu Que comigo não podia Daí ele convenceu Que comigo não podia
Aresorvi vim pra casa Já arrumei o meu baúr Vim visitá meus parente Antes de seguí pro sur Adonde disse que o céu É mais lindo e mais azur
Por mais que eu visse de ser Não podia acreditar Havê no mundo outro céu Mais bonito que o de cá
Afundei pro Paraná Cortei Santa Catarina Quando cheguei no Rio Grande Cansado e sem butina Eu disse, tô satisfeito Pois cumpri com a minha sina
Mas se Rio Grande é de ouro Meu São Paulo é de platina Mas se Rio Grande é de ouro Meu São Paulo é de platina
De fato Rio Grande é bão Pará e Rio de Janeiro Afinar de ponta a ponta O nosso Brasír inteiro Tudo é bão, tudo é especiár Só não presta os brasileiro
Sem ordem não há progresso E nóis semo desordêro Sem ordem não há progresso E nóis semo desordêro
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Ariovaldo Pires (Capitao Furtado) (UBC), Diezis dos Anjos Gaia (Ranchinho) (UBC), Murilo Alvarenga (Alvarenga) (UBC)Editor: Mangione & Filhos (ABRAMUS)Publicado em 2017 (01/Ago) e lançado em 2017 (10/Ago)ECAD verificado obra #1398509 e fonograma #14267240 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM